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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

E o tempo vai se esgotando...

Postagem feita por Fred Reis:
 

E o tempo vai se esgotando…

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A idade trás algumas coisas boas e muitas ruins. A falta de paciência e uma delas. Quando o assunto é a compra e venda de motocicletas, tenho ouvido pérolas que me tiram do sério, algumas, dignas de registro.

Em meados de agosto, um conhecido me dizia que não ia comprar a moto agora; iria esperar até dezembro e já pegar uma motocicleta ano/modelo 2012.  Respondi a ele que a ideia era ótima e que se ele esperasse 9 meses e não 4, poderia pegar uma moto ano-modelo 12/13. Continuei dizendo que seria melhor ter ainda um pouco mais de paciência, já que dentro de 15 meses pegava logo uma 13/13. Ora bolas! Poupe-me! Vai deixar de andar de moto e aproveitar o verão para esperar uma moto mais nova? Pura perda de tempo.

Outro dia fui indagado sobre qual era o consumo de um modelo de 800 cm³ super completo. Quando disse que girava em torno dos 18 – 20 km/l, o cara, com uma expressão de espanto, exclamou: “mais é muito!!” Como meu pavio anda curto, respondi: “Ainda bem. Sorte nossa que ela bebe muito, pois se fizesse 40 km/l custaria o dobro.”

Para! Não aguento determinadas contas. Se não quer gastar em combustível, ande de ônibus ou encha o tanque e deixe a moto na garagem. Ao fim de um ano verá o quanto econômica ela foi. Definitivamente não da para ter tudo; alta cilindrada, potência, desempenho e ainda por cima com baixo consumo, nem em ficção científica.

Certa vez me ligaram para saber o preço de uma moto zero km. Respondi prontamente e, em seguida, me perguntaram: “E para vender?”… o cara nem comprou e já quer vender!

Se você pensa assim, é melhor deixar seu dinheirinho quieto no banco ou sentar em cima da grana e esperar ela te levar para passear e curtir lindas viagens.

Quando o assunto é venda de motos semi-novas, aí a coisa piora muito. Costumo dizer que existem 4 preços para uma moto usada. Quanto ela vale, a cotação pela tabela Fipe, quanto o mercado paga e o preço para vender… e geralmente as pessoas querem vender pelo quanto ela vale… quanto vale para o dono, logicamente.

Aí começa a choradeira: “Minha moto é muito nova, tem 5 anos mas andei apenas 3.000 km”. Azar o seu, quem mandou comprar algo e não usar. “Tomo muito cuidado, nunca saio na chuva, troco o óleo a cada 1.000 km e faço todas as revisões na concessionária”. Parabéns por cuidar bem sua moto e, consequentemente, de sua segurança. Se tomou todos esses cuidados por ser zeloso com a máquina, vá lá, mas se fez isso pensando na futura venda e no próximo proprietário, ai é caso de internação.

É o mesmo caso daqueles caras que compram um carro zero e andam com o plástico no banco e no quebra sol. Uma vez indaguei um motorista a razão disso e a resposta foi que “na hora de vender o estofamento vai estar novinho”. Virei-me e fui embora, antes de sugerir que ele fizesse o mesmo com a esposa. Enrolá-la com um filme plástico e não usá-la, assim, quando se separar, ficará mais fácil para ele arrumar outro cara.

Você gasta uma grana, se endivida e anda no seu tão sonhado carro com um plástico empoeirado colando em sua roupa. Pelo amor de Deus!! Faça-me o favor. Anda de ônibus.

Desculpe  a franqueza, mas a moto pode valer muito para você, ter valor sentimental e ter participado de momentos inesquecíveis, mas quem vai comprar não está nem aí. Os cuidados que você tomou e os acessórios que colocou foram para proveito próprio, pois ninguém paga mais por isso. Raríssimos são os casos em que você senta e conversa com o futuro proprietário e o convence do valor de toda esta estória de cuidados e pouco uso.

Depois vem a famosa tabela Fipe. Se você acha que vai pedir o valor indicado nesta tabela, esquece. Já foi a época. Hoje, ela só é utilizada pelas seguradoras em casos de cotação de seguros e de indenizações.

O quanto o mercado paga, é geralmente o valor médio que o pessoal pede nos diversos sites especializados em venda de veículos. Mas lembre-se que todos, sem exceção, anunciam sempre por um valor maior do que realmente o mercado vai pagar.

Aquele preço serve de uma referência média, pois, dificilmente, você vai vender pelo valor anunciado. É um tipo de acordo velado para manter os preços altos a fim de valorizar as mercadorias. O clássico caso de Maria vai com as outras. Se você acha que vale 30 e este preço para você é suficiente e justo, mas vê que todos os anúncios estão por 33, ao invés de você liquidar o caso logo, acaba anunciando junto com a maioria e fica com a moto encalhada e ouvindo propostas indecentes.

E, finalmente, o preço para vender. Se você quer se livrar da moto, virar a página e partir para outra, anuncie abaixo da tabela. Será um bom negócio para você e para quem compra. Não vai haver chateação, vai vender rápido e com toda certeza não vão regatear o preço.

Outra coisa chata é quando o cara quer vender a moto sem ter o trabalho de anunciar e atender os interessados ao telefone e me pede para indicar um lojista. Lógico que o lojista manda um preço lá em baixo, afinal de contas, o cara vive disso. Paga aluguel, funcionários, anúncios, tem os custos da nota de entrada, de saída, transferência da moto para o nome da loja, comissão do vendedor e tem de dar os três meses exigidos por lei de garantia para motor e câmbio. Isso quando não tem que pagar o IPVA e DPVAT integral para poder transferir a moto para o novo proprietário, o que acontece muito quando vira o ano.

Não há mágica. Para se livrar do problema, tem de pagar o preço, ou melhor, aceitar o preço, e quanto mais você demora em decidir se entrega ou não a moto, pior fica. Desapega, parte para outra! E não esqueça que a maioria das financeiras, só aceita motos com até cinco anos de uso.

Não adianta, todo valor tem seu preço e o mercado não perdoa. Tem suas leis de oferta e procura. Se você tirou a moto zero km da loja ela já está desvalorizando e, a cada ano que passa, vale menos. Se você acha que andar pouco e não aproveitar sua moto vai lhe render uma grana a mais lá na frente, está totalmente errado. As marcas vêm e vão sem avisar e sem dó dos consumidores. Novos modelos aparecem a cada bimestre e as promoções e reduções nos preços  são uma constante, por isso, o momento de comprar sua motocicleta é, e sempre foi, o agora

É um jogo de perdas e ganho. Você sempre vai perder dinheiro e sempre vai ganhar bons momentos e muitas lembranças. Ai vai de cada um, avaliar se vale mais a pena a sensação de um bom investimento financeiro ou de um bom investimento em sua saúde, realização e satisfação.

Toda virada de ano risco da minha lista de planos, diversas coisas. Não que as tenha feito, mas que perdi a chance e definitivamente não poderei mais fazê-las. Na época respondi “talvez” e não “sim”, e a vida passou. Meu sábio pai sempre me disse que a vida não é uma taça a ser sorvida e sim uma medida a ser preenchida. Portanto preencha sua vida da melhor forma possível, com belos passeios, paisagens inesquecíveis e boas lembranças.

Deixe de fazer contas e esperar o melhor negócio do mundo aparecer. Pé na estrada! Quando for chamado para a outra dimensão, não poderá negociar: “Poxa, espera virar o ano, assim eu já chego aí 2013/13!

 

 





terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Vai pilotar? Então leia!

Postagem feita por Fred Reis:

Até algum tempo atrás, eu era um voraz consumidor de revistas estrangeiras dos mais diversos assuntos. Uma delas, sobre aviação de pequeno porte aero-desportiva, trazia uma coluna onde eram analisados 10 acidentes ocorridos naquele mês nos Estados Unidos segundo o laudo da NTSB (National Transportation Safety Board). O curioso disto é que, na maioria das vezes, os 10 acidentes eram causados por erro de operação da aeronave ou erro de julgamento do piloto, ficando praticamente claro que o avião na cai, nós é que o derrubamos.

Mas o que isso tem a ver com o mundo das duas rodas. Bem, chegarei lá.

Recentemente, tive a oportunidade de acompanhar quatro turmas em um curso básico de pilotagem de motocicletas. Esses quatro grupos tinham uma formação bem eclética. Havia alunos que ainda não tinham comprado a moto, mas sempre andavam nas dos amigos. Outros que andavam somente em longas viagens e já tinham viajado por diversos países. Gente que utilizava a motocicleta todos os dias para deslocamento ao trabalho e para lazer e que contava com mais de 40 anos de experiência. Até mesmo alguns que já tinham se aventurado em competições dentro e fora da estrada.

O mais incrível nisto tudo é que, apesar de muita experiência e conhecimento, a maior parte deles desconhecia regras básicas de pilotagem e não conseguiam realizar os exercícios em baixa velocidade, devido a vícios de pilotagem e erros básicos de interpretação. Vou citar algumas falhas mais comuns que percebi nos alunos e que tornavam os mais simples exercícios impossíveis de realizar: acionamento errado da embreagem; posição errada dos braços, do corpo e dos pés; fixação da visão no ponto errado da saída de curva; erro de operação durante uma frenagem de emergência; acionamento do freio errado dependendo da manobra.

Vocês podem achar que é exagero meu, dizer que acionar a embreagem de modo incorreto impossibilita o perfeito controle da moto. Pois é, também achava que era um detalhe insignificante, mas os alunos só conseguiam fazer a pista de cones quando aceitavam as orientações do instrutor e brigavam contra este vício de pilotagem.

Outra informação que chamou muito a minha atenção foi a de que se você está a 54 km/h e na posição certa na motocicleta (o corpo, os pés e as mãos corretamente posicionados e atento para uma emergência), quando essa emergência acontece, você anda cerca de 10 metros antes de conseguir iniciar a frenagem da moto. Sim, você leva 0,8 segundo para perceber a emergência, iniciar a reação e os freios começarem a agir.

Apenas a título de curiosidade, quando você anda no corredor a 50 km/h, você está ciente de que, se algo acontecer a 10 metros na sua frente, você vai acabar batendo sem ao menos frear a moto. E neste cálculo não coloquei as variáveis como: tipo e condições de piso, dos freios e se sua moto está ou não equipada com ABS.

Após assistir este curso e acompanhar estas turmas, passei a acreditar que em muitos dos acidentes que temos visto por aí a culpa seja do motociclista. Tudo bem… se um carro entrou na sua frente de repente… não interessa, você deveria estar mantendo uma distância segura e estar pronto para reagir da maneira certa, conhecendo seus limites e os de seu equipamento e não deixar sua segurança e até mesmo sua vida na mão dos outros. Você não pode esperar que os motoristas dos carros tenham o bom senso ou habilidade necessários para evitar que uma manobra ponha o motociclista ao lado deles em risco. Se eles errarem, eles têm o para-choque. Neste caso, você tem de ser proativo e estar preparado (atento, bem posicionado e conhecer os limites de seu equipamento), para evitar acidentes.

Quando se anda de moto, não podemos achar que o outro fará a parte dele. Temos de estar preparados para fazer a nossa parte e também a dos outros. Imaginar como faríamos se o impossível acontecesse. Em uma aeronave de pequeno porte, estamos sempre preparados para uma possível pane e estudando qual a melhor alternativa para um pouso de emergência.

Bem, volto ao ponto inicial ressaltando que alguns acidentes acontecem por má utilização do equipamento, onde talvez o piloto não conheça os limites de sua moto. Se você não souber como ela se comporta em uma frenagem de emergência (por nunca ter treinado este tipo de manobra), como dosar os freios para que não haja travamento das rodas ou quais os limites de estabilidade de seu equipamento, em uma situação de pânico, a chance de você cair ou bater é muito grande, por isso, treine.

Acidentes ocorrem também por erro de julgamento dos pilotos, sejam eles de aviões ou de moto. Erros simples como não manter uma distância segura de outro veículo, estar na velocidade errada para uma determinada situação ou focar a visão no ponto errado em uma curva.

Não estou aqui querendo condenar os motociclistas. Quero alertar para o fato de que talvez o que você aprendeu nestes anos todos não seja o correto e isso pode lhe custar um acidente e talvez a vida. Quero lembrar que mensalmente habilitamos inúmeros motociclistas que tiveram um curso de moto-escola ridículo e sem o menor fundamento. Fiz uma moto-escola, há alguns anos atrás, e nunca havia aprendido nada sobre como frear, quais as distâncias seguras e o correto posicionamento de mãos e pés.

Se você já fez um curso destes, de pilotagem básica, repare no seu dia-a-dia a quantidade de erros cometidos pelos motociclistas à sua volta. O que mais vemos por aí são pés para baixo, cotovelos colados no corpo e muitos erros grosseiros de condução. Se você considera isto bobagem e acha que não faz a menor diferença na pilotagem e na segurança, está na hora de procurar um bom curso básico e reavaliar seus parâmetros.

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Bruno Rafael Barbieri
21-8078-7777

Presente dos meus 50 anos

Postagem feita pelo Fajuto do Asfalto Salazar:
 
Olá moçada das duas rodas!!
 
Salve 2012 e com ele todos vocês.
 
Apresento-lhes abaixo meu mais novo brinquedinho que comprei para comemorar meu Meio Século de existência terrestre, completado em novembro de 2011.
 
Assim que as chuvas passarem, vamos programar alguns BV para a gente esquentar nossas máquinas.
 
Lembrem-se: nosso niver de 1 ano do primeiro encontro está chegando. Que tal pensarmos em agendar e organizar a comemoração da data?
 
Um abraço.
 
Salazar - Fajuto do Asfalto.
 
PS: a MCP* já está à venda. Os interessados já podem fazer suas ofertas (in-box, please).
 
(*) Midnight Star XVS 950 cc, 2009/2009, 15.300 km rodados, 2º dono, com acessórios (sissy bar, plataforma/pedaleira e protetor de motor, tudo da marca Dalavas e banco customizado - piloto e garupa - feito por Pedrinho Bancos/SP).